Crítica - "Working Girl" Little Boots

Victoria Christina Hesketh reafirma sua posição na música com o lançamento do seu novo álbum este mês, mesmo antes da data oficial, dia 10 de julho suas músicas já circulavam na internet, conhecida mundialmente como Litte Boots, “Botinhas” assina seus trabalhos com autonomia de principal mentora em trazer ao mercado um synthpop amadurecido, toca piano desde os 4 anos de idade e já compõe desde os 13, seus álbuns refletem melodias assertivas quando une-se ao eletropop delicado e dançante que vai bem na balada e pra ouvir em viagens. 





Surpreendeu todo mundo ao abandonar o projeto da sua antiga banda, a extinta “Dead Disco” em 2008 e antes do lançamento do aguardado álbum da banda voltou para sua cidade natal no interior do Reino Unido, no ano seguinte ressurge com “Hands” 2009 que agradou alguns críticos e foi bem alfinetado por outros, mistura de Dance com refrões chiclete. Alcançou boas vendas e foi lançado em países como Japão e aqui no Brasil. As melhores faixas são “Stuck on Repeat” e “Symetry” parceria com Roy Keer.







Surpreende novamente em 2013 quando rompe o contrato com a gravadora e lança o próprio selo “On Repeat” Liberta de tudo que lhe prendia “Nocturnes”2013 álbum que como o nome diz revela batidas mais pesadas e agressivas é lançado, do Dreampop ao House sem perder suas referências sonoras clássicas, “Nocturnes” poderia ser tão obscuro quanto os de Chopin mas apenas narra a trajetória de uma nova mulher que assume a carreira e cai na estrada em longas e exaustivas turnês como diz na principal e melhor faixa “Motorway” “We can drive away”







 Working Girl”2015 é tendencioso, lembra muito o primeiro trabalho da cantora porém de forma conceitual e madura, como ela mesma disse a Idolator.com “eu estou ficando mais confiante. Isso me faz assumir riscos maiores e tentar mais coisas.” o álbum é suntuoso. Veja o que tem nele:













A faixa título relembra um Dance 90' batidas leves e refrão confiante apoiado nos vocais usados como instrumento. Música muito boa com base agradável, a letra é uma abertura ao que o disco aborda, o Mercado fonográfico e a forma que os Artistas expõe a critividade.

“No Pressure” Não fica longe da primeira faixa, mas a ideia é reforçada, Sem pressões, Victória afirma que Tudo é possível mas não há jeito com pressão. “É sobre a pressão de ter um hit” Ela mesma diz.

“Get things Done” Lembra Madonna, é divertida com refrão doce e pegadas de Guitarra.

“Taste it” É a melhor faixa, seu vídeo ganhou vários prêmios voltados para o cinema no ano passado onde a música acompanhou um EP chamado “Bussines Pleasure” Parece uma crítica, parece uma música urban que depois tem uma pegada Japão, é incrível, a faixa afirma a proposta do álbum que é definir a realidade e seus efeitos, o que vemos, o que sentimos, o que fazemos, é um convite a pensar sobre pelo que trabalhamos.

“Real Girl” é bem produzida, renova os loops mas o refrão é perdido tornando a canção confusa.

“Heroine” Começa com uma pergunta “Do you remember?” Lembrei do inicio do álbum, o synthpop toma o trono no meio de tudo, prova que vai ser algo linear, difícil conseguir manter um padrão que deu certo em uma canção em todas, mas deu.

“The Game” É uma fase 2 , aí sim me lembrei de verdade da Madonna nos anos 90' , uma homenagem ao Ace of Base, Soul II Soul, remontagem perfeita de um hit rádio em uma versão indie com solos de corda.

Impossível não comparar a próxima faixa á Kylie Minogue , “Help Too” É uma daquelas músicas pra ouvir em um nascer do sol dançante, com certeza é uma das minhas favoritas.

“Business Pleasure” Faixa divertida, confirma que não era novidade pra ninguém, Victória não surpreendeu, continuou o que vimos no EP homônimo.

“Paradise” é quem mais se aproxima do primeiro trabalho da cantora sendo também a mais bem produzida, questionada sobre a letra Victória diz que é sobre o sentimento de voltar pra Londres, seu mundo real, segundo ela LA é um lugar paradisíaco e Londres muito cinza.

“Better in the morning” É o triunfo final de um Disco que conseguiu ser coerente em todas as faixas, postura sólida e concreta com mensagem objetiva e Direta.

Little Boots Inicia sua Turnê nos EUA e depois Leste Europeu, “Working Girl” É definitivamente bem elaborado, perfeitinho sem ser chato, não vai conseguir emplacar nas paradas americanas mas pode render alguns prêmios já que os primeiros singles já estão tocando bastante nas pistas mundialmente.

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