Vamos conhecer mais da autora?
Entrevista: Escritora Vanessa Araujo
Assunto: Autor e obra (Ocultos – Eclipse Sagrado)
Por: Juliana Gomes
Conte-
nos um pouco sobre você e quando decidiu ser escritora?
R: Sempre gostei de
ler. Desde a infância, perguntava-me como era possível colocar um mundo inteiro
em palavras, em páginas... Porém, jamais imaginei que construiria um enredo
digno de estampar uma publicação. O desejo existia, mas a coragem não. Enfim,
depois de muitas aventuras – porque, convenhamos, eu não podia fazer da minha
vida um simples clichê kkkkkk... –, terminei uma leitura e pensei: Por que não
tentar? Bem, eu me arrisquei e acho que consegui...
Como
surgiu a ideia de escrever a série Eclipse Sagrado?
R: Olhei as pessoas
ao meu redor, meus familiares e amigos. Analisei-os minuciosamente... E sorri.
Eram simples, porém, perfeitos. Controverso, eu sei... No entanto, decidi
homenageá-los. E como já tinha um projeto em mente sobre escrever algo com um toque
da cultura wicca, juntei o útil ao agradável e a série surgiu. Inventei novos
personagens, aprimorei a ideia e eclipsei a ficção com a realidade. Por tal
motivo, a série é extremamente especial para mim.
Você
nos apresenta personagens totalmente envolventes, como foi o processo de
criação. Qual foi o primeiro personagem a surgir? Existe um preferido, qual?
R: Bem, apesar de
ter uma vaga ideia de como seria o começo, o meio e o fim de toda a série, bem
como o tema que se assentaria na mesma, eu precisava de um chute inicial. Eu
trabalhava mentalmente no enredo enquanto aguardava o Juninho (meu filho) sair
de sua consulta com a psicóloga. E, quando o vi com seu sorriso tímido e seus
olhinhos inocentes, pensei: É isso! É com ele que terei o ápice da trama... Foi
assim que surgiu o “Alec”, foi dessa forma que todo o enredo começou a girar.
Então, obviamente, o personagem Alec é o meu preferido. Porém, confesso, amo o
Sidhe, esse extraordinário deus sombrio.
Você
conseguiu nos apresentar de uma maneira sutil alguns ensinamentos Wiccanos e,
assim, usando termos/expressões dessa doutrina. Você pretende publicar, mesmo
que seja nas suas redes sociais algo como um glossário para maior compreensão
dos leitores?
R: Na última
semana, postei algumas curiosidades sobre o paganismo no blog da série. Porém,
adotando a ideia da J. R. Ward – no caso, da saga Irmandade da Adaga Negra –,
decidi fazer um volume especial de Eclipse Sagrado, algo parecido com um “guia
oficial da série”, contendo contos e entrevistas de alguns personagens. Vamos
ver se o projeto vai vingar, pois ainda estou sondando os leitores, buscando
suas opiniões sobre o assunto.
Cada
personagem possui uma música para acompanhar sua trajetória, como foi esse
processo de evolução?
R: As músicas
sempre me ajudaram a compor minhas cenas. Aliás, não consigo escrever sem uma
canção ressoando em meus ouvidos. E, sem querer, encontrei a música certa para
cada personagem. O Alec, por exemplo, ganhou como tema a “Hunt You Down” –
Saliva –, um som cuja letra tem tudo a ver com a coragem do personagem. Já o
poderoso rei Lucas Garner recebeu “Animal I Have Become” – Three Days Grace –
em sua trilha sonora, pois sua história se adéqua perfeitamente ao enredo da
música. No caso da Saphira, não haveria canção melhor que “Here comes Trouble”
– Honnor Society – para representá-la ;)
Como
surgiu Mystikal e por que essa ideia de “mundo paralelo”?
R: Gosto da
interação de humanos com criaturas sobrenaturais. Porém, eu precisava de algo
que justificasse a presença dos meus personagens na Terra. Sem contar o fato de
adequar tudo isso ao que já havia criado sobre a origem dos deuses e de seus
descendentes – fato que é explicado no segundo volume da série. – Então, criar
Mystikal foi a solução mais plausível para equilibrar o enredo, um mundo oculto
pela magia divina e livre das agressões humanas.
O
que se pode esperar dos próximos volumes da série Eclipse Sagrado? Existe uma
previsão de lançamento do segundo livro?
R: Tentei encaixar
os títulos com os enredos de cada volume. Sendo assim, Ocultos, como o próprio
nome sugere, deixa muitas pontas soltas, muitos mistérios sem solução. O
segundo livro, Revelados, expõe a origem dos deuses e toda a formação de
Mystikal, bem como o segredo das pedras mágicas recolhidas por Kendra em suas
missões. Porém, todo o enigma do hospício só é desvendado no terceiro, que
recebeu o nome de “Insanos”. Completando a série, o quarto livro se chama
“Destinados”.
Como
é trabalhar como escritora independente?
R: Assim como em
qualquer empreitada, publicar de forma independente tem seus prós e contras. O
lado bom é manter as rédeas da situação, ter o poder de aprovar ou desaprovar
qualquer resultado. O ruim é o trabalho dobrado na divulgação e em todos os
trâmites que envolvem registro, produção e confecção da obra. No fim das
contas, uma e outra opção nos trazem feedbacks emocionantes. Não sou contra
selos editoriais, que isso fique claro. O fato é que ainda não encontrei um
contrato que me agradasse.
Por
favor, deixe um recado para os leitores que irão ler seu livro?
Eu tinha desistido
de escrever, não queria mais saber do mundo literário e me prendi na vida real,
nos meus problemas diários... E foi diante de um grande problema que me deparei
com a ideia da série que, pelo que vejo, é a melhor de todas que já criei.
Então, por maior que sejam as adversidades – e vou parecer um tanto clichê
agora –, não desista. Talvez o momento não fosse o ideal... Talvez, diante das
quedas, o pranto seja maior que a coragem. Seja qual for o tormento, batalhe
pelo que acredita, pois essa é a mensagem maior que passo na série Eclipse
Sagrado.
10. Rapidinha:
1 música: Fire and Ice – Within Temptation
1 Livro de cabeceira: Entre o Céu e o Inferno – Simone Pesci
1 Citação: “Foi quando me perdi que realmente me
encontrei” – Liberos Ignis, Vanessa Araujo.
1 Sonho: Alcançar o maior número possível de leitores.
QUOTES:
Espero que tenham gostado, beijos!
Oi Ta, tudo bem?
ResponderExcluirGostei bastante da mensagem da autora para os fãs. Desistir NUNCA.
beijos
Kel
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