Resenha - O príncipe dos canalhas

Olá pessoal!

A resenha de hoje é de um livro excepcional, se você ama romance de época não deixe de ler este livro da Loretta. Leiam a resenha e saibam mais desta extraordinária história.

O Príncipe dos Canalhas
Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent...

Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu.
Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade – muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho.
Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes. 

  • Titulo: O príncipe dos canalhas
  • Autor(a): Loretta Chase
  • Editora: Arqueiro
  • Número de páginas: 288
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  • Classificação:

Resenha:
Singular, mirabolante, que me deixava em suspiros, chocada, diferente de tudo e qualquer romance de época que já li, O príncipe dos canalhas foi totalmente merecedor do prêmio Rita.


Tem um tempo que não faço resenhas extensas, a não ser que seja mais de quinhentas páginas, irei tentar fazer um resumo breve e expressar a opinião - levem em conta que resenhar um livro que foi amado é difícil.

Após Dominick perder sua mulher e filhos e estar aos quarenta e dois anos, se vê obrigado a casar-se novamente e conseguir um herdeiro, só não esperava que a prostituta, Lúcia, de dezessete anos que parecia um anjo, fosse uma das piores escolhas de esposa que podia ter, já mostrou-se quem verdadeiramente era após o casamento. Não gostava dela e só ia à cama para tentar ter um filho e sentou-se aliviado quando conseguiu, mas seu filho não nasceu como esperava.

"Seu herdeiro era uma coisa verde e enrugada com grandes olhos negros, braços e pernas desproporcionais e um nariz grosseiro e exagerado. E chorava a plenos pulmões, sem parar." Pág 6

O filho de Dominick se chamava Sebastian Leslie Guy de Ath Ballister - ufa! - que se mostrava terrível desde pequeno, sabia que havia algo de errado com ele e as coisas ficaram bem piores quando sua mãe "sumiu" quando era criança e depois, ficou sabendo que havia falecido de febre nas índias - contado de forma diferente pelo pai - e claro, seu pai não aceitou e mandou para escola, Eton, onde sofreu terríveis bullyings e descobriu que o que imaginava era real, não era mesmo normal. Foi na escola que despertou o seu pior, descobriu como viver e se proteger.

Crescido, o Sebastian recebe carta do pai que havia falecido e tudo tinha ficado para ele, porém, deixou também enormes dívidas, mas o Lord Belzebu rapidamente deu uma forma de quitar e ficou ainda mais rico. Partindo para Paris, temido por todos, rico e um dos maiores cortejadores de prostitutas, nada e ninguém ousava contrariar e sim, copia-lo.

O que Sebastian não esperava, era que uma linda jovem chamada Jessica Trent, irmã de Bertie, havia ido à Paris para retirar o irmão das "garras" do Belzebu. Mas não pensem que Jess é como qualquer outra mulher, ela era boa na arma, muito inteligente e liberal, tudo que encantou mais ainda o grande e temido Lord.

A partir do encontro dos dois, começa a "guerra", o jogo de gato e rato, ou melhor, de A Bella e a Fera - se bem que mais velho é descrito como um homem maravilhoso.

"O desejo era um redemoinho quente e negro que a rasgava de uma ponta a outra, em uma velocidade vertiginosa, e a arrastava rumo à perdição, abaixo de qualquer intelecto, da vontade e do pudor." Pág 93


Jess e Sebastian intriga os leitores de início ao fim com a frase "Gostaria de vê-lo/a tentar" e acreditem, não duvidem nunca destes dois destemidos personagens. Talvez eu tenha gostado por haver um conto de fadas em romance de época, ou talvez pela mocinha ser tão forte - coisa que amo nos livros - ou ainda, pela primeira vez desde A Bela e a Fera, ler um livro adulto que mostrasse o homem com imperfeições já que hoje quase sempre lemos com os famosos perfeitinhos.

Quando os planos de Jess pareciam que ia dar certo, Dain dava um jeito de revidar e achei interessante que a autora não desenvolveu o romance rapidamente, foi como se presenciássemos a vida dos personagens a cada dia.  

A editora Arqueiro surpreendeu com um delicioso romance de época. Loretta está de parabéns pelo prêmio Rita e também pela maravilhosa história singular. Dei cinco estrelas e favoritei porque amei. Nenhum outro romance de época se compara a esta ótima narrativa.

A capa é linda, mas se for um pouco mais detalhista como eu, a personagem tinha os cabelos negros, diferentemente da capa. O Lord parecia mesmo com ele, um toque leve, sutil e interessante, totalmente chamativo. Já disse também que amo o tamanho da fonte, espaçamento e as folhas amareladas, certo? Obrigada também pelo lindo kit, Arqueiro- a rosa é minha tá, não veio no kit.


A finalidade que chegarei será sempre a mesma: Leiam, vale muito a pena e se for amante de romance de época, indico mais ainda, não pode faltar em sua estante!

"Ele a observou com um olhar duro. Encarando aquele rosto severo e sombrio, aqueles olhos negros e implacáveis, não foi difícil para Jessica imaginá-lo sentado em um imenso trono de ébano na parte mais funda dos abismos de Hades. Se olhasse para baixo e descobrisse que a bota cara e lustrosa que ele calçava havia se transformado em um casco de bode, ela não se surpreenderia." Pág 44

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